A existência de uma crise na Igreja Católica, é apenas uma invenção dos tradicionalistas? Publicamos a seguir algumas citações dos Papa pós-conciliares:

Papa Paulo VI [30/6/1968 – Osservatore Romano (OR)]: “na Igreja também está reinando uma situação de incerteza. Tem-se a sensação que, por alguma abertura, tenha entrado a fumaça de Satanás no Templo de Deus”.

Papa Paulo VI [07/12/1972 – OR]: “A Igreja está passando por uma hora inquieta de autocrítica, que melhor se chamaria de autodestruição, como um transtorno agudo e completo, que ninguém teria esperado após o concílio. A Igreja parece suicidar-se, matar-se a si mesma”.

Papa Paulo VI [30/08/1973 – OR]: “(…) a divisão e a desagregação que infelizmente entrou em não poucos setores da Igreja”.

Papa Paulo VI [23/11/1973 – OR]: “A abertura ao mundo foi uma verdadeira invasão do pensamento mundano dentro da Igreja. Talvez nos fomos por demais fracos e imprudentes”.

Papa Paulo VI [18/07/1975 – OR]: “Esperava-se que depois do concílio haveria um período resplandecente de sol para a história da Igreja. Pelo contrário, veio um sopro de nuvens, de tempestades e de trevas!”.

Papa Paulo VI [Em entrevista ao filósofo francês, seu amigo, Jean Guitton]: “Neste momento, existe um abalo gravíssimo em questão de fé. Quando o filho do homem voltar, por ventura ainda encontrará fé sobre a Terra? Está acontecendo que se publicam livros onde a fé é amesquinhada em pontos importantes. E o episcopado cala-se, e não acha nada de estranho nestes livros. Isto é estranho para mim”.

Papa Paulo VI ao mesmo amigo, Jean Guitton 08/09/1977: “Neste momento há na Igreja uma grande inquietação. O que está em questão é a fé! O que me perturba quando considero o mundo católico, é que, dentro do catolicismo, algumas vezes, parece predominar um pensamento não católico; pode acontecer que este pensamento não católico, dentro do catolicismo, amanhã seja a força maior na Igreja, mas nunca será a Igreja“.

Papa João Paulo II [07/02/1981 – OR]: “É necessário admitir com realismo e sensibilidade, dolorosa e profunda, que hoje uma grande maioria dos cristãos, sente-se desnorteada, confusa, perplexa, e desiludida. A mãos cheias estão sendo espalhadas idéias contrárias as verdades reveladas, e ensinadas desde sempre. Estão sendo espalhadas heresias verdadeiras contra o credo e a moral, provocando confusão e revoltas. Vai se solapando a liturgia, afundando num relativismo, intelectual e moral; na permissividade; caindo na tentação do ateísmo, agnosticismo, do iluminismo, de uma moral indeterminada, de um cristianismo sociológico, sem dogmas definidos e moral objetiva”.

É comum escutarmos afirmações como: “A FSSPX é boa, conserva os dogmas católicos, mas ainda falta uma união mais perfeita, uma comunhão mais plena com Roma“. Essas mesmas pessoas até aceitam a ideia de que a Igreja esteja em crise, mas negam-se a ver o que é evidente: mais do que nunca há um Estado de Necessidade latente que faz com que a Igreja supra a jurisdição ordinária para que os fiéis católicos tenham acesso à Santa Missa, aos Santos Sacramentos e à sã Doutrina, direito garantido pelo próprio Código de Direito Canônico, cujo princípio primário de salvação das almas prevalece a qualquer legalidade farisaica.

Não somos nós, portanto, os vilões da história.