pelo Rev. Pe. Alain Lorans

Mais de duzentos teólogos progressistas do mundo germanófono reclamam a reforma da Igreja Católica, em que os leigos poderiam intervir na nomeação dos Bispos, em que homens casados teriam a possibilidade de ser padres e em que os homossexuais e divorciados recasados teriam acesso aos Sacramentos. São apoiados por numerosas associações católicas, e o episcopado alemão anda longe de condenar as suas propostas. Se bem que estes teólogos se oponham frontalmente ao ensinamento e à disciplina católicas, presume-se que estão sempre “em comunhão” com Roma. Eis uma presunção que borda a temeridade!

Na Alemanha, políticos cristão-democratas desejam igualmente que homens casados possam ser ordenados, para tentar colmatar a queda vertiginosa do número de padres nas paróquias. Encaram até que essa possibilidade seja excepcionalmente concedida ao seu país, dado o estado de grande “perigo pastoral” em que se encontra. O Cardeal Walter Brandmüller, antigo Presidente da Comissão Pontifícia das Ciências Históricas, declarou que este pedido está muito próximo do cisma, pois conduziria à constituição de uma Igreja nacional.

Com efeito, esvoaça sobre todas estas reivindicações uma suspeita de cisma. Não uma ligeira impressão, como vestígio de leite numa chícara de chá, mas uma bem pesada suspeita de cisma, como nuvem ameaçadora no céu da Igreja.

Retirado e traduzido de dici.org