22-01-2011

É oficial: o Papa Bento XVI assinou o decreto de beatificação de João Paulo II. O seu predecessor será elevado à glória dos altares em 1 de Maio de 2011.

Que se deve pensar desta rápida beatificação? Frases tais como «foi grande devoto da Santíssima Virgem Maria», ou ainda «foi muito claro nas questões sobre a proteção da vida», serão suficientes para o colocar como exemplo no conjunto da sua obra na Igreja de hoje?

O seu pontificado foi embaciado por forte ecumenismo. João Paulo II vai, assim, entrar na história como o Papa do humanismo e da fraternidade entre as religiões.

Pregou um caminho de salvação particular para o povo do Antigo Testamento, beijou publicamente o Corão, e pronunciou frases que escandalizaram, na profundidade de si próprios, Católicos convictos, como segue: «Que São João Batista se digne proteger o islã».

A sua reunião de Assis tornou-se símbolo da reunião de todas as religiões e instalou e enraizou fortemente no espírito dos Cristãos os «valores» dos livre-pensadores. Poderia chamar-se a isto «a heresia pela imagem». Todas as religiões conduzem a Deus. O que contradiz diametralmente as palavras da Sagrada Escritura: «Quem acreditar e for batizado será salvo, quem não acreditar será condenado».

Não se devem esquecer as concelebrações gigantescas; ainda menos se devem negar os abusos litúrgicos por ocasião dessas missas pontificais que, em certa medida, provocaram um desabamento litúrgico jamais conhecido até então, e que propagaram em todas as Igrejas locais abusos que bradam ao Céu!

Será um pontificado que merece beatificação?

Defender a Fé, em todas as circunstâncias, contra o erro, e por essa via unificar o rebanho de Cristo e guiá-lo, tal é o Mandamento do Senhor a São Pedro, ainda válido hoje.

Outras figuras mereceriam ser elevadas à glória dos altares, como o Papa Pio XII.

Distrito da Alemanha da Fraternidade São Pio X

Estugarda, 15 de Janeiro de 2011