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Duas igrejas foram incendiadas e uma terceira pilhada por muçulmanos, em 8 de Fevereiro, durante confrontos com a polícia no centro de Java. Os amotinados reclamavam a pena de morte para um Cristão condenado por blasfêmia contra o islã, informou a polícia à AFP. Segundo os manifestantes, o homem devia ter sido condenado à morte ou entregue à multidão, ao passo que foi condenado a 5 anos de prisão.

O Padre Benny Susetyo, Secretário Executivo da Comissão para o Diálogo Inter-religioso da Conferência Episcopal da Indonésia, pensa que estes incidentes (sic) eram, antes de tudo, ação de «pregadores fundamentalistas Cristãos, extremistas, protestantes, muitas vezes improvisados, de denominação evangélica ou pentecostal, que não tem qualquer respeito pelas outras religiões. A sua pregação e linguagem são típicas das seitas: o islã é o mal, convertei-vos ou ireis para o inferno». Segundo informações da Agência Fides, de 9 de Fevereiro, o Padre Susetyo pensa que estas seitas protestantes não hesitam em difundir panfletos «ofensivos para o islã». No entanto, reconhece que há também «grupos extremistas muçulmanos de ideologia wahabita, que constituem o outro lado do problema. Trata-se, nos dois casos, de pequenos grupos, mas quando os fanatismos se enfrentam, toda a sociedade e todos os crentes sofrem», lamentando assim ser muito difícil instaurar um diálogo construtivo, porque «são incontroláveis e recusam participar nas grandes sessões oficiais do diálogo inter-religioso», como a de Fevereiro, por ocasião da “Semana para a Harmonia entre as Religiões».

Fontes: apic/afp/fides – DICI n°231 du 05/03/11