A CIRCUNCISÃO DE NOSSO SENHOR E OITAVA DE NATAL

1º de JANEIRO

A CIRCUNCISÃO DE NOSSO SENHOR E OITAVA DE NATAL

« E, depois que se completaram os oito dias para ser circuncidado o Menino, foi-lhe posto o nome de Jesus. » (Lc 2, 21)

Os nomes que Deus impõe a alguns significam sempre algum dom gratuito que Deus lhes concede, como foi dito a Abraão: « Chamar-te-ás Abraão, porque te destinei para pai de muitas gentes » (Gn 17, 5); ou como foi dito a Pedro: « Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja » (Mt 16, 18).

Lemos no livro do Gênesis que Abraão recebeu ao mesmo tempo a imposição do nome por Deus e o preceito da circuncisão. Por isso costumavam os judeus impor o nome à criança no mesmo dia da circuncisão, como para indicar que antes da circuncisão não tinham atingido ainda a perfeição do existir; da mesma forma que agora se impõe o nome às crianças no batismo.

Mas os nomes dos indivíduos são dados por alguma propriedade daquele a quem se dá o nome: quer por uma circunstância temporal, como é dado o nome de alguns santos àqueles que nascem no dia de sua festa; quer por razão de parentesco, como quando se dá ao filho o nome do pai, ou de alguém da família; assim, os vizinhos e parentes de João Batista queriam que se chamasse com « o nome de seu pai Zacarias » , e não João, porque « não há ninguém na tua parentela que tenha este nome » (Lc 1, 59 ss).

Ora, dado que ao homem Cristo fora concedido este dom gratuito de salvar todos os homens, convenientemente, pois, lhe foi dado o nome de Jesus, ou seja, Salvador; nome que o anjo comunicou de antemão não só à mãe, mas também a José, que haveria de ser o pai de criação.

Segundo Isaías: « Chamar-te-ão por um nome novo, que o Senhor designará pela sua boca » (Is 62, 2). Ora, o nome Jesus não é um nome novo, pois foi imposto a muitos no Antigo Testamento. Deve-se dizer que o nome de Jesus podia convir aos que viveram antes de Cristo por alguma outra razão, por exemplo, porque trouxeram alguma salvação particular e temporal. Mas, no sentido espiritual e universal da salvação, este nome é próprio de Cristo. E nesse sentido se diz que é novo.

III q. 37. a. 2

 (P. D. Mézard, O. P., Meditationes ex Operibus S. Thomae.)

Circuncisão de Nosso Senhor

Esta lei de sangue, esta lei de homens pecadores, não abrange o Filho de Deus, que veio a ser o filho de Maria. Todavia, submete-se à lei; dura, humilhante e impiedosa que seja, ele se submete.

Contai-nos, o suave cordeiro, por que vos submeteis a esta lei? Sobre vós assumis o pecado de todos nós; na vossa carne quereis expiar e reparar as concupiscências e os desregramentos da carne; nossos pecados converteis em vossos pecados, pois que quereis de vossa justiça fazer a nossa justiça.

Sede bendito, ó suavíssimo cordeiro, pelas vossas chagas, pelo vosso sangue e pelas dores de vossa circuncisão puríssima e purificante.

Recebestes o Santo Nome de Jesus como galardão de vosso sangue. Faça-nos a virtude do sangue precioso amar-vos e falar-vos com amor o Santo Nome – Jesus.

Padre Emmanuel André


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