No dia 3 de setembro de 2021 às 9h, Sua Excelência Reverendíssima D. Bernard Fellay, bispo auxiliar da FSSPX, consagrou o altar lateral dedicado a Santo Antônio na Capela São Pio X em São Paulo.

Ao iniciar a cerimônia, após entoar o “Deus, in adiutorium”, D. Fellay quis explicar detalhadamente as ações durante o rito de consagração e seus significados:

Como ministros, o Rev. Pe. Juan-María de Montagut, Superior da Casa Autônoma do Brasil, e o Rev. Pe. Jean-François Mouroux, Prior de São Paulo.

A primeira parte da cerimônia é de purificação. Com a unção e a aspersão com a Água Gregoriana, o altar é separado do uso profano:

O Pontífice abençoa a Água Gregoriana, que é composta por água, sal, cinzas e vinho.

Terminada a bênção da Água, o Pontífice e os ministros colocam-se de joelhos e, com a schola, cantam a Ladainha de Todos os Santos. O nome do titular do altar, Santo Antônio, é repetido três vezes:

Próximo ao fim da Ladainha, o Pontífice levanta-se, toma o báculo e repete uma tripla invocação pedindo que o altar seja abençoado, santificado e consagrado em honra de Deus e de Santo Antônio, o titular:

Terminada a Ladainha, o Pontífice asperge o altar com a Água Gregoriana…

… e, com o polegar, unge cinco cruzes com a mesma Água:

Terminado o rito de purificação, os ministros trocam os paramentos para a cor branca e seguem em procissão para a capela em que estão sendo veneradas as relíquias dos Santos Mártires a serem sepultadas no altar. O Pontífice faz uma pequena oração ao chegar e depois incensa as relíquias:

Logo em seguida, um diácono revestido de paramentos vermelhos (Rev. Pe. Olivieri Toti) traslada solenemente as Relíquias de São Severino e Santa Ágata para o altar a ser consagrado:

De volta ao altar lateral, o diácono depõe as relíquias, que são incensadas novamente pelo Pontífice:

Em seguida, o Pontífice mesmo toma a cápsula lacrada com as relíquias e a coloca no sepulcro do altar:

Agora, o Pontífice abençoa o cimento que foi preparado com a Água Gregoriana…

… que usa para selar o sepulcro contendo as relíquias:

Selado o sepulcro, o Pontífice prossegue com a consagração propriamente dita: com o polegar, unge as cinco cruzes da mesa do altar com o Santo Crisma, bem como a fronte e os quatro pontos em que a mesa se une com as colunas:

Após as unções, o Pontífice purifica as mãos que tocaram o Santo Crisma:

Feito isso, o Pontífice impõe e abençoa incenso, e então incensa o altar como na Missa:

Após a incensação, o Pontífice forma cinco cruzes com grãos de incenso nos locais onde ungiu com o Santo Crisma e, sobre elas, coloca cinco pequenas cruzes de cera e as acende. Esse rito é para recordar-nos de modo palpável as 5 chagas que Nosso Senhor quis conservar em seu corpo ressuscitado:

Agora, enquanto as cruzes queimam, o Pontífice ajoelha-se e invoca o Espírito Santo (Veni, Sancte Spiritus)

Então, o Pontífice faz uma oração virado para a nave e depois, virado para o altar recém-consagrado, faz uma oração final que termina com um Prefácio consacratório.

Com o altar plenamente consagrado em honra a Santo Antônio, o Pontífice vai à sacristia para revestir-se com os paramentos de Missa. Enquanto isso, dois clérigos limpam o altar e o revestem para o Santo Sacrifício.

O Pontífice celebrou uma Missa Rezada no novo altar. Como prevê o Pontifical Romano para este caso, ele deve usar suas insígnias pontificais e todos os paramentos pontificais (se possível) mesmo se a Missa for rezada (e não solene ou cantada).

Fotos por José Roberto dos Santos