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Entre 25.000 e 30.000 pessoas abandonaram a Igreja Católica em 2010, segundo estimativas publicadas pela agência de imprensa Apic. Para o Secretário-Geral da Conferência Central Católica Romana (RKZ), Daniel Kosch, entrevistado em 11 de Fevereiro passado por ocasião da publicação das estimativas, «as pessoas voltam as costas à Igreja como instituição», porque «não têm mais ligações vivas com ela, e já não vivem num meio com pessoas para as quais ela (a Igreja) tenha ainda grande significação».

No entanto, parece que o número de fiéis da Igreja Católica não está em queda e mesmo aumenta em certos cantões, graças à imigração. Mas, o responsável pela associação que agrupa as organizações eclesiásticas cantonais pensa que «tal não deve constituir uma consolação». Daniel Kosch desejaria que «todos os que influenciam e formam a Igreja – e não somento os bispos, padres e outros agentes pastorais – mas todos nós», tentassem fazer da Igreja «um lugar de experiência onde uma comunidade vive, onde se possa experimentar sentimento e confrontar as questões pertinentes, onde a esperança se avista e a miséria diminui». – Sentimento, questões pertinentes, mais esperança e menos miséria… para isso não há necessidade de padre, um assistente social e apoio psicológico bastam amplamente. Eis resolvida a crise de vocações. Pelo vazio.

Retirado e traduzido de apic – DICI n°231 du 05/03/11